Estava a iniciar os preparativos para este post quando, por casualidade, fui parar a uma notícia sobre Portimão, no Jornal Barlavento On-Line (clique para ver).
Anunciam-se tantos milhões, mas tantos milhões de euros em investimento no concelho que nem fui capaz de saber ao certo quantos. Ou melhor, é uma fartura tão grande que não vale a pena o esforço de somar tais cifras só para saber o montante exacto. É uma fartura e pronto...
Obviamente, senti-me feliz com tal notícia, enchi o peito de ar, orgulhei-me de ser um dos munícipes deste concelho e fico, confiante, à espera que eles se concretizem.
Espero, contudo, que as contrapartidas de tais investimentos, caso se confirmem, não sejam coisas como este prédio que está a ser construído no lugar onde, há anos, existiu o Cinema de Portimão, que todos os que o conheceram, certamente, recordam com saudade.
Há lá um cartaz a chamar-lhe Casa do Rio. A meu ver, ficar-lhe-ia muito melhor o epíteto de Monstro do Rio.
De facto, não me conformo que se continuem a fazer coisas destas na cidade. E piores ainda, se espreitarmos ali para os lados do Parque da Juventude. Para não falar da Encosta da Marina, que não adianta chorar sobre o leite derramado.
Bem lhe podiam chamar o Monstro do Rio...
A nossa cidade precisa de espaço. Precisamos todos de espaço. E há que aproveitar o pouco que ainda nos resta - que se resume à zona ribeirinha e pouco mais - e não o consumir ou conspurcar com coisas horríveis como isto.
Curiosamente, a menos de cem metros de distância, no mesmo Largo, está a ser construído um outro edifício a que, assim à primeira vista, parece não haver nada a apontar.
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